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segunda-feira, 18 de julho de 2016

O que é Acidente Vascular Cerebral?

O que é AVC?
 O AVC (acidente vascular cerebral), ou AVE (acidente vascular encefálico), é o nome genérico para vários tipos de doenças dos vasos cerebrais. A forma mais comum é a isquemia cerebral, que acontece em 80% dos casos, e ocorre por obstrução de uma artéria, causando interrupção do fluxo de sangue para o cérebro. Outra forma é a hemorragia cerebral, quando algum coágulo de sangue se forma no cérebro ou ao redor, formando hematomas, que são menos frequente, porém muitas vezes mais graves. No mundo, o AVC é a segunda maior causa de mortalidade e a primeira causa em sequelas neurológicas.
O AVC pode acontecer em qualquer idade, mas o risco aumenta a partir da quarta e quinta décadas de vida: para homens acima dos 45 anos e para mulheres acima dos 55 anos

Quais são os sinais de que se está prestes a ter um AVC? 
Os sintomas do AVC são de inicio agudo: perda de força ou sensibilidade em braço e/ou perna, paralisia facial, perda ou dificuldade de fala, perda visual, alteração ou perda de coordenação motora, dificuldade para andar, perda de memória.Cefaleia (dor de cabeça), convulsões e coma podem ser sintomas em casos de hemorragia cerebral.

Quais são as causas do AVC? 
No caso da isquemia cerebral, as causas são relacionadas a hipertensão arterial, diabetes, colesterol e triglicerídeos elevados, obesidade, tabagismo, aterosclerose (formação de placas de gordura nas artérias), arritmias cardíacas (principalmente fibrilação atrial), doenças das válvulas cardíacas, doença de Chagas, apneia do sono, algumas medicações e doenças genéticas de coagulação.
As hemorragias podem ser causadas por hipertensão arterial, rotura de aneurismas cerebrais ou de malformações artério-venosas, trombose venosa cerebral (formação de coagulo no interior das veias que drenam sangue do cérebro) e transtornos que impedem a coagulação, inclusive medicações.

Quais são as consequências do AVC? 
Os sintomas podem ser leves ou graves, em muitos casos levando a morte. Sequelas podem ser motoras (dificuldade ou perda de movimentos), sensitivas (anestesia em partes do corpo), na fala (dificuldade ou perda), na visão (perda completa ou de parte da visão), na memória e pensamento e convulsões. Conforme o tamanho e a localização do AVC, a quantidade e a gravidade dos sintomas varia. Muitos pacientes permanecem inválidos e dependentes.

Existe tratamento para o AVC? 
Quando o paciente com AVC chega ao Hospital, deve ser atendido imediatamente e ser avaliado se pode receber o trombolítico (medicação que dissolve os coágulos que obstruem a artéria) com objetivo de melhorar os sintomas e minimizar a lesão cerebral. Esta medicação pode ser aplicada em veia em até 4 horas e meia do inicio dos sintomas. Há possibilidade de aplicar esta medicação em até 6 horas dos sintomas diretamente na artéria obstruída, por cateterismo (um cateter leva a medicação pelo interior das artérias e aplica diretamente no coágulo), conhecido como trombólise intra-arterial. Também há dispositivos que retiram o coagulo de dentro da artéria, também por cateterismo. Estas tecnologias já existem em nossa cidade, e permitem que mais pacientes possam se beneficiar do tratamento do AVC mesmo com um tempo maior de sintomas. Contudo, quanto mais cedo o tratamento for realizado, menor o risco de o paciente ter sequelas.

O que deve ser feito se uma pessoa suspeita que está tendo um AVC? 
 Conhecendo os sintomas e sabendo que se instalam de modo rápido, o paciente ou familiar deve procurar imediatamente um serviço médico de emergência, e ser atendido com prioridade. Serviços médicos especializados em AVC dispõem de tratamento específico para desobstruir a artéria envolvida, chamado trombolítico, que pode ser aplicado em até 6 horas do início dos sintomas, na maioria das vezes resolvendo o sintoma neurológico.

Existe prevenção para o AVC? 
A prevenção para o AVC deve ser feita através do controle dos fatores de risco: reduzir a pressão arterial, controlar a diabetes, reduzir níveis de colesterol e triglicerídeos, controlar doenças cardíacas, parar de fumar, realizar atividade física regular. Medicações que reduzem a formação de coágulos também são prescritas, como a aspirina, clopidogrel ou anticoagulante oral, de acordo com os fatores de risco do paciente.

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