O que é AVC?
O AVC (acidente vascular cerebral), ou AVE
(acidente vascular encefálico), é o nome genérico
para vários tipos de doenças dos vasos cerebrais.
A forma mais comum é a isquemia cerebral, que
acontece em 80% dos casos, e ocorre por
obstrução de uma artéria, causando interrupção
do fluxo de sangue para o cérebro. Outra forma é
a hemorragia cerebral, quando algum coágulo de
sangue se forma no cérebro ou ao redor,
formando hematomas, que são menos frequente,
porém muitas vezes mais graves. No mundo, o
AVC é a segunda maior causa de mortalidade e a
primeira causa em sequelas neurológicas.
O AVC pode acontecer em qualquer idade,
mas o risco aumenta a partir da quarta e quinta
décadas de vida: para homens acima dos 45 anos
e para mulheres acima dos 55 anos
Quais são os sinais de que se está prestes
a ter um AVC?
Os sintomas do AVC são de inicio agudo:
perda de força ou sensibilidade em braço e/ou
perna, paralisia facial, perda ou dificuldade de
fala, perda visual, alteração ou perda de coordenação motora, dificuldade para andar,
perda de memória.Cefaleia (dor de cabeça),
convulsões e coma podem ser sintomas em
casos de hemorragia cerebral.
Quais são as causas do AVC?
No caso da isquemia cerebral, as causas
são relacionadas a hipertensão arterial,
diabetes, colesterol e triglicerídeos elevados,
obesidade, tabagismo, aterosclerose
(formação de placas de gordura nas artérias),
arritmias cardíacas (principalmente fibrilação
atrial), doenças das válvulas cardíacas,
doença de Chagas, apneia do sono, algumas
medicações e doenças genéticas de
coagulação.
As hemorragias podem ser causadas por
hipertensão arterial, rotura de aneurismas
cerebrais ou de malformações artério-venosas,
trombose venosa cerebral (formação de
coagulo no interior das veias que drenam
sangue do cérebro) e transtornos que impedem
a coagulação, inclusive medicações.
Quais são as consequências do AVC?
Os sintomas podem ser leves ou graves, em
muitos casos levando a morte. Sequelas podem
ser motoras (dificuldade ou perda de
movimentos), sensitivas (anestesia em partes do
corpo), na fala (dificuldade ou perda), na visão
(perda completa ou de parte da visão),
na memória e pensamento e convulsões.
Conforme o tamanho e a localização do AVC, a
quantidade e a gravidade dos sintomas varia.
Muitos pacientes permanecem inválidos e
dependentes.
Existe tratamento para o AVC?
Quando o paciente com AVC chega ao
Hospital, deve ser atendido imediatamente e ser
avaliado se pode receber o trombolítico
(medicação que dissolve os coágulos que
obstruem a artéria) com objetivo de melhorar os
sintomas e minimizar a lesão cerebral. Esta
medicação pode ser aplicada em veia em até 4
horas e meia do inicio dos sintomas. Há
possibilidade de aplicar esta medicação em até 6
horas dos sintomas diretamente na artéria
obstruída, por cateterismo (um cateter leva a
medicação pelo interior das artérias e aplica
diretamente no coágulo), conhecido como
trombólise intra-arterial. Também há dispositivos
que retiram o coagulo de dentro da artéria,
também por cateterismo. Estas tecnologias já
existem em nossa cidade, e permitem que mais
pacientes possam se beneficiar do tratamento do
AVC mesmo com um tempo maior de sintomas.
Contudo, quanto mais cedo o tratamento for
realizado, menor o risco de o paciente ter
sequelas.
O que deve ser feito se uma pessoa suspeita
que está tendo um AVC?
Conhecendo os sintomas e sabendo que se
instalam de modo rápido, o paciente ou familiar
deve procurar imediatamente um serviço médico
de emergência, e ser atendido com prioridade.
Serviços médicos especializados em AVC
dispõem de tratamento específico para
desobstruir a artéria envolvida, chamado
trombolítico, que pode ser aplicado em até 6
horas do início dos sintomas, na maioria das
vezes resolvendo o sintoma neurológico.
Existe prevenção para o AVC?
A prevenção para o AVC deve ser feita
através do controle dos fatores de risco: reduzir a
pressão arterial, controlar a diabetes, reduzir
níveis de colesterol e triglicerídeos, controlar
doenças cardíacas, parar de fumar, realizar
atividade física regular. Medicações que reduzem
a formação de coágulos também são prescritas,
como a aspirina, clopidogrel ou anticoagulante
oral, de acordo com os fatores de risco do
paciente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário