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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Eliminando odores vaginais

Não venho apresentar a vocês uma formula mágica ou receitas mirabolantes, mas a forma certa de asseio que toda mulher deve aderir.

Suor, gordura, umidade, urina e células mortas, tudo isso habita as reentrâncias femininas, e basta um descuido para causar desde ardência, irritação e um constrangedor cheiro ruim até a multiplicação de fungos e bactérias nocivos.

 A vulva tem um pH ácido e é colonizada por lactobacilos, bactérias que formam uma barreira contra micro-organismos prejudiciais e não interferir demais nesse pH é, portanto, a primeira medida para prevenir não só coceiras e corrimentos mas também uma série de problemas. 
“O excesso ou a falta de higiene e a utilização de produtos inapropriados alteram as defesas locais, favorecendo o ataque de germes como a clamídia, protagonista de infecções pélvicas que podem comprometer a fertilidade

Atenção, mulheres! 

O fundamental é deixar qualquer constrangimento de lado. Pegue um espelho e, sem o menor receio, analise cada detalhe de sua região íntima. Na ilustração ao lado, identificamos as áreas que precisam ser muito bem
higienizadas. Esqueça a região interna da vagina — esqueça mesmo!

ATENÇÃO!

Duchas e introdução de produtos não são aconselhadas, exceto sob prescrição médica. O foco da limpeza deve se resumir ao monte púbico, à pele da vulva, à raiz das coxas, à região perianal — entre a vulva e o ânus — e ao interior dos grandes e dos pequenos lábios

A compra do produto

O sabonete mais apropriado é sempre aquele classificado como hipoalergênico na embalagem. O termo indica que a fórmula foi desenvolvida com o intuito de provocar menos alergias nessa área, que, diga-se, se ressente por qualquer bobagem. Aliás, por isso mesmo, dê preferência aos sabonetes íntimos. Eles geralmente contêm ácido lático, um componente natural da pele, que confere um pH ideal. 
Os sabonetes alcalinos ou neutros não são indicados porque tornam as condições da região hostis à multiplicação dos lactobacilos que defendem a vulva. Os produtos em barra também não são uma boa opção. Além de serem muito abrasivos, são normalmente compartilhados por toda a família, o que facilita a contaminação. Sabonete em barra nunca!

A última dica é escolher sabonetes com detergência suave, que formem pouca espuma — eles afetam menos a barreira cutânea. Para mulheres que vivem na correria e não são alérgicas, os lenços umedecidos são uma alternativa para a higiene no meio do dia. Vale testá-lo antes, no antebraço, para observar eventuais reações. Se nada acontecer, está liberado.

 A última etapa do ritual é geralmente a mais negligenciada — a hidratação. Muitas integrantes do time feminino nem fazem ideia de que devem apelar para ela se a pele dos genitais estiver muito ressecada, especialmente após a menopausa. “A dica é recorrer a fórmulas não oleosas, que devem ser aplicadas somente nas regiões de pele”

Mas,Como higienizar de forma correta?

Coloque, na ponta dos dedos, uma pequena quantidade do sabonete. Realize movimentos circulares nas áreas descritas anteriormente, contemplando todas as dobras. Evite trazer conteúdos da região perianal para a vulva, já que ela pode conter coliformes fecais, bactérias que habitam o tubo digestivo.
 Enxágue na água corrente, que ajuda na remoção mecânica dos resíduos. Finalmente, use uma toalha seca e limpa para absorver a água restante. 

Duração do procedimento 
Não vale limpar tudo em um zás-trás — aliás, o que é bem comum. Também não se deve exagerar. O tempo de higienização não deve ultrapassar três minutos para evitar o ressecamento da pele. Dois minutos são o suficiente para fazer uma boa limpeza. 

Frequência diária 
O número de lavagens varia de acordo com a estação do ano. No clima quente, quando a produção de sebo e de suor fica elevada, a limpeza pode ser realizada até três vezes no mesmo dia. Já no clima frio, uma higienização diária basta. Aí, ficar repetindo a sessão limpeza só favorece doenças. 

Condições especiais
 O excesso de gordura nas obesas promove maior maceração de células mortas e elevação na produção de suor. Portanto, elas são mais propensas a problemas na vulva e precisam reforçar os cuidados com roupas adequadas e hábitos de higiene. Os lenços umedecidos são uma boa saída para limpeza no intervalo do trabalho, por exemplo. Mas a higienização íntima com água corrente e sabonete apropriado é mais indispensável do que nunca nesse grupo. Existe um cuidado a cada fase

Tirar a calcinha na hora de dormir é outra dica para facilitar a ventilação. Algumas atividades, em particular, aceleram o acúmulo de sujeira lá embaixo. O exercício induz a fabricação de suor e secreções. O ideal, portanto, é sair direto da ginástica para o banho, munida de um sabonete íntimo. O mesmo vale para finais de semana na praia. Areia e água do mar formam um coquetel de detritos e umidade nada amigável. Parece muita informação, mas são todos hábitos simples e corriqueiros, que não desperdiçam tempo nem exigem grandes esforços. Em troca, você garante uma sensação de conforto, bem-estar e saúde.

Para uma vagina saudável o indicado é praticar os Cinco hábitos em favor da saúde intima.

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